Monday, 22 December 2008

Já nada é o que era



1.


Já lá vai o tempo em que eu achava que Espanha era aquele País que se tinha que passar por cima para chegar à Europa. A Bruxelas vamos tratar do futuro estratégico. A Madrid, para além disso, vamos tratar do dia-a-dia. E não é mau. Se falarmos tão grosso quanto eles (às vezes tem que ser ao murro e ao pontapé…) e se nas alturas em que eles nos querem dar baile começarmos a hablar, a coisa compõe-se e entendemo-nos! Mas o que me preocupa mais é que já começo a gostar deles (quando não estão a falar de trabalho), se calhar até são charmosos!



2.


Não sei quando mudei. Tenho uma relação com o stress que há dez anos era impensável. Ansiedade…quase não sei o que é!

Almoço para 20 pessoas dentro de 2 dias e ainda não fui às compras?! Aqui vou eu para Madrid e não vem mal ao mundo!!!

Toda a gente se esqueceu de preparar tudo para as reuniões de hoje e de amanhã e aqui vou eu na maior!!! Até tiveram a lata de me dizer “pensei que não precisava” e ao meu ar impávido respondeu um olhar que dizia “eu bem sabia que não era preciso”…

Há uns anos saltava-me a tampa, angustiava-me, perdia o sono… agora parece que nada me altera o regime cardíaco!!!



A propósito, o que mais terá mudado?!


(talvez tenha voltado a sonhar)

Wednesday, 17 December 2008

arriscar... e petiscar?!





fiquei a pensar em tanta coisa


e todas elas associadas à noção de risco


ou de oportunidade


nos negócios


no trabalho


mas também


nas pessoas


nas amizades


nos amores


nas paixões


mas pensei também na capacidade (ou falta dela) de ver para além do deserto


mas também na capacidade (ou imprudência) de ver oásis onde só há mesmo deserto




e se for ao contrário?!


se me puser eu no lugar do deserto...


não gostaria nada que alguém dissesse


"pago para ver"
e muito menos que ignorasse por desconhecimento


gostaria mais, muito mais, de um


"compro já"


determinado e sem hesitações


é o risco


gostaria de sentir uma incondicional assunção do risco


porque isso aumenta o "valor de mercado"?


porque isso massaja o ego?




não!




apenas porque aumenta o sorriso!




PS :
espectador ou protagonista?
...
em parte escolhe-se, em parte ... pois!
...

Thursday, 11 December 2008

vem cá ver bailar meu coração

não, não sou especial apreciadora da dulce pontes, mas ele há canções...

Thursday, 4 December 2008

em cada "descolagem" ...



todo o cuidado é pouco ...






e se ainda assim correr mal ...





as "saídas" até estão devidamente assinaladas!







vai uma ajudinha ?!







.

Saturday, 29 November 2008

sentir o mar ... em nós






sentir em nós

uma razão

para não ficarmos sós

e nesse abraço forte

sentir o mar

como quem sonha sempre navegar




com a vida a navegar por entre o sonho e a mágoa

talvez no mar

eu feita espuma encontre o sal do teu olhar



...








tão longe do meu mar e tão longe de sentir o teu olhar

perdida

entre a vontade de viver o que está perto quando se olha de longe

e a vontade de sentir o aconchego das certezas de sempre


será a nostalgia do que não se vive um preço demasiado elevado?


visto ao longe é tudo tão diferente...
















incomoda-me o aquecimento excessivo e a solicitude a despropósito

anulados pelo frio cortante quando se põe o nariz de fora e pela inexistência de tudo aquilo que me faz falta


tudo tão fora do meu mundo


ou apenas eu fora deste mundo

ou apenas a eterna dualidade entre querer partir e querer voltar


mas também o deslumbramento da não pertença


o anonimato


e o jogo da distância distorcido por cumplicidades fortuitas


olhares que se cruzam e aproximam, forjados em identidades aparentes de quem vive o mesmo nonsense




O que se deseja aqui também se deseja quando anulados os milhares de km de distância?









proibições, aqui como ali

aqui com gargalhadas que se cruzam

com olhares que entram no olhar

com sabor a impunidade

com um encolher de ombros

olha-se o momento









Friday, 21 November 2008

lost (?!) in translation ...



afinal qual é a atracção?

o romance entre aquele homem e aquela mulher?

ou será o encanto de poder acontecer um romance forte entre duas pessoas, fora do tempo, fora do futuro, em fases tão distantas da vida, apenas num hotel num país distante?



o que torna isto tão forte?


nostalgia do que não se viveu?

Wednesday, 12 November 2008

há quanto tempo

"…

Esboçou um sorriso por, ..., ter a noção de estar lúcida e perceber até que ponto o sonho e a fantasia a faziam andar para a frente e enfrentar obstáculos que a outros poderiam parecer intransponíveis. Sonhos e fantasias que, nas suas mãos perseverantes e crentes, muitas vezes se tornavam realidade.


– O tempo e Serpa curam tudo. Sobretudo Serpa, que só por si significa tempo. A impaciência é o único mal que nos tira a paz. Às vezes é preciso parar para sabermos onde estamos e o que queremos de nós mesmos. Só depois podemos voltar a partir –


Repentinamente deu-se conta de que estava intacta e que os outros se tinham esfumado ao longo da estrada que sempre a conduzira ao agradável torpor do regresso ao seu mundo. Só se interrogava como pudera duvidar que o milagre se iria, mais uma vez, repetir.

…”

Friday, 31 October 2008

Hoje é Dia das Bruxas....



A história desta data comemorativa tem mais de 2500 anos. Surgiu entre o povo celta, que acreditava que no último dia do verão (31 de outubro - samhain significa literalmente "fim do verão" na língua celta), os espíritos saíam dos cemitérios para tomar posse dos corpos dos vivos. Para assustar estes fantasmas, os celtas colocavam, nas casas, objetos assustadores como, por exemplo, caveiras, ossos decorados, abóboras enfeitadas entre outros.

Por ser uma festa pagã foi condenada na Europa durante a Idade Média, quando passou a ser chamada de Dia das Bruxas. Aqueles que comemoravam esta data eram perseguidos e condenados à fogueira pela Inquisição.

Com o objetivo de diminuir as influências pagãs na Europa Medieval, a Igreja cristianizou a festa, criando o Dia de Finados (2 de novembro).

Símbolos e Tradições

símbolos comuns: fantasmas, bruxas, caveiras, monstros, gatos negros e até personagens como Drácula e Frankestein.

Tradição: As crianças participam na festa, usam fantasias assustadoras e batem de porta em porta na vizinhança, onde soltam a frase “doçura ou travessura”. Terminam a noite do 31 de outubro, com sacos cheios de guloseimas, balas, chocolates e doces.

Wednesday, 29 October 2008


Lisboa tem um vestido azul feito de mar e guerra.


E cheira a laranjas maduras.


Quando as gaivotas trazem no bico
os primeiros pedaços de sol para acender o dia,
Lisboa deixa correr os cabelos pelo Tejo
e o povo pelas ruas.


À mesma hora, a coragem agita
no sangue duas grandes asas inquietas.


Por todas as janelas destruídas, já o mar entrou,

derrubando acácias,

cantando hinos de espuma


E porque toda a coragem é necessária,
toda a esperança é legítima.





Chamar-te a ti, Lisboa, camarada,

e depois, eu sei lá, enlouquecer.

Que a loucura é quase um grão de nada

e tu tens um nome de mulher.



Vou dizer que és a minha namorada.

Devagar. Não vá alguém saber

que fizemos amor de madrugada

e tu trazes um filho por nascer.



Se eu inventar de noite a liberdade

de poder beijar-te os olhos e morrer,

no teu ventre não há fado nem saudade

mas apenas os filhos que eu fizer.



E pode ser que eu guarde a tempestade

de ter que aqui ficar. E então dizer

que sobre a minha boca ninguém há-de

pôr rosas de silêncio, se eu quiser.




(este e outros poemas, cantados por Carlos Mendes, são, de facto, a única e verdadeira razão porque persisto em manter um gira-discos que nunca uso)


Friday, 10 October 2008

APRENDI...

Estava a deambular pela net e descobri este texto... gostei e revi-me em algumas frases!!!
"Aprendi que eu não posso exigir o amor de ninguém, posso apenas dar boas razões
para que gostem de mim e ter paciência, para que a vida faça o resto.
Aprendi que não importa o quanto certas coisas sejam importantes para mim,
tem gente que não dá a mínima e eu jamais conseguirei convencê-las.
Aprendi que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos.
Que posso usar meu charme por apenas 15 minutos, depois disso, preciso saber do que estou falando.
Eu aprendi... Que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por isso o resto da vida.
Que por mais que se corte um pão em fatias, esse pão continua tendo duas faces,
e o mesmo vale para tudo o que cortamos em nosso caminho.
Aprendi... Que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser, e devo ter paciência.
Mas, aprendi também, que posso ir além dos limites que eu próprio coloquei.
Aprendi que preciso escolher entre controlar meus pensamentos ou ser controlado por eles.
Que os heróis são pessoas que fazem o que acham que devem fazer naquele momento,
independentemente do medo que sentem.
Aprendi que perdoar exige muita prática.
Que há muita gente que gosta de mim, mas não consegue expressar isso.
Aprendi... Que nos momentos mais difíceis a ajuda veio justamente daquela pessoa
que eu achava que iria tentar piorar as coisas.
Aprendi que posso ficar furioso, tenho direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel.
Que jamais posso dizer a uma criança que seus sonhos são impossíveis,
pois seria uma tragédia para o mundo se eu conseguisse convencê-la disso.
Eu aprendi... que meu melhor amigo vai me machucar de vez em quando,
que eu tenho que me acostumar com isso.
Que não é o bastante ser perdoado pelos outros, eu preciso me perdoar primeiro.
Aprendi que, não importa o quanto meu coração esteja sofrendo, o mundo não vai parar por causa disso.
Eu aprendi... Que as circunstâncias de minha infância são responsáveis pelo que eu sou,
mas não pelas escolhas que eu faço quando adulto.
Aprendi que numa briga eu preciso escolher de que lado estou,
mesmo quando não quero me envolver.
Que, quando duas pessoas discutem, não significa que elas se odeiem;
e quando duas pessoas não discutem não significa que elas se amem.
Aprendi que por mais que eu queira proteger os meus filhos,
eles vão se machucar e eu também. Isso faz parte da vida.
Aprendi que a minha existência pode mudar para sempre, em poucas horas,
por causa de gente que eu nunca vi antes.
Aprendi também que diplomas na parede não me fazem mais respeitável ou mais sábio.
Aprendi que as palavras de amor perdem o sentido, quando usadas sem critério.
E que amigos não são apenas para guardar no fundo do peito, mas para mostrar que são amigos.
Aprendi que certas pessoas vão embora da nossa vida de qualquer maneira,
mesmo que desejemos retê-las para sempre.
Aprendi, afinal, que é difícil traçar uma linha entre ser gentil,
não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas em que acredito."

Saturday, 4 October 2008

então que tal?!




Quando se perguntava à minha Avó como é que ela estava, sistematicamente era desfiado o rosário das queixas. Desde os bicos de papagaio até à solidão da viuvez, tudo era exposto com um ar (a condizer) de profundo pesar, que tinha um estranho eco na expressão de atónita consternação do quase interlocutor (quase pois na realidade não chegava a ser, era apenas um ouvinte), que rapidamente se tentava escapar esmagado por tanta desgraça.



Quando, algures no tempo (numa época em que ainda não lhe chegava ao ombro), ouvi perguntar à minha Mãe como ela estava, constatei surpreendida (ao tempo achava que as mães sabiam tudo) que também ela falou de gripes e anginas. Puxei-lhe pela ponta do casaco e disse-lhe um segredo: "Mãe, a senhora apenas quer ouvir que estamos todos bem obrigada".



Tudo na vida passou a estar sempre bem, ao ponto de me ter enganado num velório e em vez do tradicional "os meus sentimentos" ter dito "os meus parabéns". Confesso que o pânico do engano apenas foi diminuido pela resposta mecânica, idêntica a todas as anteriores, "muito obrigado pelo seu apoio".



Anos de postais sempre com as mesmas saudades, de derrotas com meio sorriso (sem lágrimas, porque um líder não chora) e vitórias contidas sem risos (nobres, no dizer de alguns, para não incomodar publicamente o adversário) quase pedindo desculpa por estar em primeiro.



"Estás boa?"



sim



"nós por cá todos bem"

(post incial da versão original do nós por cá todos bem, com a knock knock, a ilusões e a guest)

Friday, 8 August 2008





(publicado inicialmente em cultura de proximidade)

Friday, 1 August 2008

"O empalhado"... antes estivesse...



“A Onda Gigante”

Rui Tavares, Público, 1 Agosto 2008

O Presidente da República tem uma coisa a dizer aos portugueses. O Presidente da República não diz de que se trata. O Presidente da República vai falar da crise. O Presidente. Da República! Vai falar. Aos portugueses. Sobre um tema. Desconhecido. O Presidente da República está doente! O Presidente da República vai resignar. O Presidente da República vai dissolver Portugal. O Presidente da República vai demitir o governo!

E por que demitiria o Presidente da República o governo? “Tal como Sampaio em 2004”, suspirava Helena Matos num blogue, que demitiu Santana Lopes por causa de um Ministro da Juventude, não poderia Cavaco demitir Sócrates por causa, sei lá, do director do Teatro Nacional? Hein? Qualquer coisa?

Afinal o Presidente da República falou sobre o Estatuto Político-Administrativo dos Açores. Assunto sério, que ainda agora saiu do Tribunal Constitucional e vai voltar à Assembleia da República. Além das inconstitucionalidades, o Estatuto tem inovações de que Cavaco não gosta. Pelas suas explicações, estou com ele. Mas então porque não o vetou logo à primeira? E que tal ter anunciado: “o Presidente da República vai falar logo à noite sobre os Açores”? Custava muito?

Manuela Ferreira Leite interrompe o que estava a fazer (em Cantanhede) para uma declaração em cima da hora. Pormenor: o PSD votou unanimemente o Estatuto dos Açores. A líder da oposição tenta desenvencilhar-se antes que se note muito a sua cara de que-estou-eu-para-aqui-a-fazer.

Algures num café, alguém pergunta: olha lá, e aquele ano em que havia uma Onda Gigante nas praias do Algarve que afinal não era onda nenhuma? Cavaco Silva acabara de dar o seu contributo para o Verão de 2008.




(publicado inicialmente em cultura de proximidade)



Sunday, 29 June 2008

mê rico menino








que gosto aprimorado!...




(publicado inicialmente em A Casa dos Bons Espíritos)


mê rico menino





de gosto aprimorado ...



(publicado inicialmente em cultura de proximidade)


Saturday, 21 June 2008

nham, nham... eislo... ihihih... chegou o verão!!!

ó pró malandreco a espreitar...


(publicado inicialmente em cultura de proximidade)

Wednesday, 14 May 2008






14 de Maio de 1958 - Pr. Carlos Alberto

(aqui na minha Carlos Alberto)




É tempo de sairem!



Cansaram-nos! Cansaram-nos!



Reformem-se! Reformem-se!




Obviamente demito-o!



Não conseguiu, mas iniciou o caminho!






(publicado inicialmente em A Casa dos Bons Espíritos)

Friday, 21 March 2008

21 de Março ... Primavera ... uauuuuu.....







(publicado inicialmente em cultura de proximidade)


Saturday, 8 March 2008

Dia Internacional da Mulher




e o todos os dias que nunca mais chega!



(publicado inicialmente em cultura de proximidade)


Thursday, 21 February 2008

gajos!




e assim se conquista o poder !...

(com os meus agradecimentos às meninas do fragmentos!)




(publicado inicialmente em cultura de proximidade)




Thursday, 14 February 2008

O Velho, o Rapaz e o Burro ...

"Um fazendeiro e seu filho viajavam para o mercado, levando consigo um burro. Na estrada, encontraram umas moças traquinas, que riram e zombaram deles:

- Já viram que bobos? Andando a pé, quando deviam montar no burro?

O fazendeiro, então, ordenou ao filho:

- Monte no burro, pois não devemos parecer ridículos.

O filho assim o fez. Daí a pouco, passaram por uma aldeia. À porta de uma estalagem estavam uns velhos que comentaram:

- Ali vai um exemplo da geração moderna: o rapaz, muito bem refastelado no animal, enquanto o velho pai caminha, com suas pernas fatigadas.

- Talvez eles tenham razão, meu filho, disse o pai. Ficaria melhor se eu montasse e você fosse a pé.

Trocaram então as posições.

Alguns quilometros adiante, encontraram camponesas passeando, as quais disseram:

-A crueldade de alguns pais para com os filhos é tremenda! Aquele preguiçoso, muito bem instalado no burro, enquanto o pobre filho gasta as pernas.

- Suba na garupa, meu filho. Não quero parecer cruel, pediu o pai.

Assim, ambos montados no burro, entraram no mercado da cidade.

- Oh!! Gritaram outros fazendeiros que se encontravam lá. Pobre burro, maltratado, carregando uma dupla carga! Não se trata um animal desta maneira. Os dois precisavam ser presos. Deviam carregar o burro às costas, em vez de este carregá-los.

O fazendeiro e o filho saltaram do animal e carregaram-no. Quando atravessavam uma ponte, o burro, que não estava se sentindo confortável, começou a escoicear com tanta energia que os dois caíram na água."

(Quem a todos quer ouvir, de ninguém é ouvido)


(publicado inicialmente em cultura de proximidade)

Friday, 8 February 2008

é agora !!! ...

upssss.... cadê ela?!!!...



não perderei!!!

já prá depilação!!! ...

(publicado inicialmente em cultura de proximidade)

Wednesday, 6 February 2008

chega pra lá ...

(publicado inicialmente em cultura de proximidade)

Friday, 1 February 2008

se calhar ...

estamos bem uns prós outros!

uns fazem outros pagam ...

(publicado inicialmente em cultura de proximidade)

Tuesday, 1 January 2008