Friday 31 October 2008

Hoje é Dia das Bruxas....



A história desta data comemorativa tem mais de 2500 anos. Surgiu entre o povo celta, que acreditava que no último dia do verão (31 de outubro - samhain significa literalmente "fim do verão" na língua celta), os espíritos saíam dos cemitérios para tomar posse dos corpos dos vivos. Para assustar estes fantasmas, os celtas colocavam, nas casas, objetos assustadores como, por exemplo, caveiras, ossos decorados, abóboras enfeitadas entre outros.

Por ser uma festa pagã foi condenada na Europa durante a Idade Média, quando passou a ser chamada de Dia das Bruxas. Aqueles que comemoravam esta data eram perseguidos e condenados à fogueira pela Inquisição.

Com o objetivo de diminuir as influências pagãs na Europa Medieval, a Igreja cristianizou a festa, criando o Dia de Finados (2 de novembro).

Símbolos e Tradições

símbolos comuns: fantasmas, bruxas, caveiras, monstros, gatos negros e até personagens como Drácula e Frankestein.

Tradição: As crianças participam na festa, usam fantasias assustadoras e batem de porta em porta na vizinhança, onde soltam a frase “doçura ou travessura”. Terminam a noite do 31 de outubro, com sacos cheios de guloseimas, balas, chocolates e doces.

Wednesday 29 October 2008


Lisboa tem um vestido azul feito de mar e guerra.


E cheira a laranjas maduras.


Quando as gaivotas trazem no bico
os primeiros pedaços de sol para acender o dia,
Lisboa deixa correr os cabelos pelo Tejo
e o povo pelas ruas.


À mesma hora, a coragem agita
no sangue duas grandes asas inquietas.


Por todas as janelas destruídas, já o mar entrou,

derrubando acácias,

cantando hinos de espuma


E porque toda a coragem é necessária,
toda a esperança é legítima.





Chamar-te a ti, Lisboa, camarada,

e depois, eu sei lá, enlouquecer.

Que a loucura é quase um grão de nada

e tu tens um nome de mulher.



Vou dizer que és a minha namorada.

Devagar. Não vá alguém saber

que fizemos amor de madrugada

e tu trazes um filho por nascer.



Se eu inventar de noite a liberdade

de poder beijar-te os olhos e morrer,

no teu ventre não há fado nem saudade

mas apenas os filhos que eu fizer.



E pode ser que eu guarde a tempestade

de ter que aqui ficar. E então dizer

que sobre a minha boca ninguém há-de

pôr rosas de silêncio, se eu quiser.




(este e outros poemas, cantados por Carlos Mendes, são, de facto, a única e verdadeira razão porque persisto em manter um gira-discos que nunca uso)


Friday 10 October 2008

APRENDI...

Estava a deambular pela net e descobri este texto... gostei e revi-me em algumas frases!!!
"Aprendi que eu não posso exigir o amor de ninguém, posso apenas dar boas razões
para que gostem de mim e ter paciência, para que a vida faça o resto.
Aprendi que não importa o quanto certas coisas sejam importantes para mim,
tem gente que não dá a mínima e eu jamais conseguirei convencê-las.
Aprendi que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos.
Que posso usar meu charme por apenas 15 minutos, depois disso, preciso saber do que estou falando.
Eu aprendi... Que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por isso o resto da vida.
Que por mais que se corte um pão em fatias, esse pão continua tendo duas faces,
e o mesmo vale para tudo o que cortamos em nosso caminho.
Aprendi... Que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser, e devo ter paciência.
Mas, aprendi também, que posso ir além dos limites que eu próprio coloquei.
Aprendi que preciso escolher entre controlar meus pensamentos ou ser controlado por eles.
Que os heróis são pessoas que fazem o que acham que devem fazer naquele momento,
independentemente do medo que sentem.
Aprendi que perdoar exige muita prática.
Que há muita gente que gosta de mim, mas não consegue expressar isso.
Aprendi... Que nos momentos mais difíceis a ajuda veio justamente daquela pessoa
que eu achava que iria tentar piorar as coisas.
Aprendi que posso ficar furioso, tenho direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel.
Que jamais posso dizer a uma criança que seus sonhos são impossíveis,
pois seria uma tragédia para o mundo se eu conseguisse convencê-la disso.
Eu aprendi... que meu melhor amigo vai me machucar de vez em quando,
que eu tenho que me acostumar com isso.
Que não é o bastante ser perdoado pelos outros, eu preciso me perdoar primeiro.
Aprendi que, não importa o quanto meu coração esteja sofrendo, o mundo não vai parar por causa disso.
Eu aprendi... Que as circunstâncias de minha infância são responsáveis pelo que eu sou,
mas não pelas escolhas que eu faço quando adulto.
Aprendi que numa briga eu preciso escolher de que lado estou,
mesmo quando não quero me envolver.
Que, quando duas pessoas discutem, não significa que elas se odeiem;
e quando duas pessoas não discutem não significa que elas se amem.
Aprendi que por mais que eu queira proteger os meus filhos,
eles vão se machucar e eu também. Isso faz parte da vida.
Aprendi que a minha existência pode mudar para sempre, em poucas horas,
por causa de gente que eu nunca vi antes.
Aprendi também que diplomas na parede não me fazem mais respeitável ou mais sábio.
Aprendi que as palavras de amor perdem o sentido, quando usadas sem critério.
E que amigos não são apenas para guardar no fundo do peito, mas para mostrar que são amigos.
Aprendi que certas pessoas vão embora da nossa vida de qualquer maneira,
mesmo que desejemos retê-las para sempre.
Aprendi, afinal, que é difícil traçar uma linha entre ser gentil,
não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas em que acredito."

Saturday 4 October 2008

então que tal?!




Quando se perguntava à minha Avó como é que ela estava, sistematicamente era desfiado o rosário das queixas. Desde os bicos de papagaio até à solidão da viuvez, tudo era exposto com um ar (a condizer) de profundo pesar, que tinha um estranho eco na expressão de atónita consternação do quase interlocutor (quase pois na realidade não chegava a ser, era apenas um ouvinte), que rapidamente se tentava escapar esmagado por tanta desgraça.



Quando, algures no tempo (numa época em que ainda não lhe chegava ao ombro), ouvi perguntar à minha Mãe como ela estava, constatei surpreendida (ao tempo achava que as mães sabiam tudo) que também ela falou de gripes e anginas. Puxei-lhe pela ponta do casaco e disse-lhe um segredo: "Mãe, a senhora apenas quer ouvir que estamos todos bem obrigada".



Tudo na vida passou a estar sempre bem, ao ponto de me ter enganado num velório e em vez do tradicional "os meus sentimentos" ter dito "os meus parabéns". Confesso que o pânico do engano apenas foi diminuido pela resposta mecânica, idêntica a todas as anteriores, "muito obrigado pelo seu apoio".



Anos de postais sempre com as mesmas saudades, de derrotas com meio sorriso (sem lágrimas, porque um líder não chora) e vitórias contidas sem risos (nobres, no dizer de alguns, para não incomodar publicamente o adversário) quase pedindo desculpa por estar em primeiro.



"Estás boa?"



sim



"nós por cá todos bem"

(post incial da versão original do nós por cá todos bem, com a knock knock, a ilusões e a guest)