Sunday, 20 May 2007

Roseta - A candidata dissidente ...

Helena Roseta: o novo rosto da demagogia e do terrorismo político. Após longos anos de treino nestas matérias, Helena Roseta assume-se como a face do que de pior existe na política.

Em primeiro lugar a demonstração da impossibilidade de conviver dentro de estruturas partidárias democráticas. Roseta não saiu do PS porque discorda da orientação política do Partido. Saiu porque o Partido não a escolheu como sua candidata a Presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Pois é! Roseta, como sempre, não conseguiu respeitar a decisão do seu (?!) Partido que livremente escolheu outro candidato, que, aparentemente, foi aprovado democraticamente pelos orgãos próprios, por sua vez eleitos democraticamente pelo orgão máximo, o Congresso.

Será que se os lisboetas não a escolherem para presidente ela também sairá de Lisboa?

Uma grande democrata, portanto!

Em segundo lugar a utilização da mentira descarada, forjando um processo de vitimização. História rebuscada essa do recurso para o Tribunal Constitucional porque, coitadinha, não tinha tempo para recolher o número de subscrições necessárias à sua candidatura. Por isso mentiu, dizendo que estava posto em causa a possibilidade de formação de coligações. Coligações entre partidos, claro. O que não lhe era aplicável pois é uma candidata dissidente!

Sempre, sempre, em defesa da verdade, portanto!


(publicado inicialmente em A Casa dos Bons Espíritos)

Wednesday, 2 May 2007

1º de Maio - Dia do Trabalhador

"No dia 1 de Maio de 1886 realizou-se uma manifestação de trabalhadores nas ruas de Chicago nos Estados Unidos da América. Essa manifestação tinha como finalidade reivindicar a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias e teve a participação de centenas de milhares de pessoas. Nesse dia teve início uma greve geral nos EUA. No dia 3 de Maio houve um pequeno levantamento que acabou com uma escaramuça com a polícia e com a morte de alguns protestantes. No dia seguinte, 4 de Maio, uma nova manifestação foi organizada como protesto pelos acontecimentos dos dias anteriores, tendo terminado com o lançamento de uma bomba por desconhecidos para o meio dos policiais que começavam a dispersar os manifestantes, matando sete agentes. A polícia abriu então fogo sobre a multidão, matando doze pessoas e ferindo dezenas. Estes acontecimentos passaram a ser conhecidos como a Revolta de Haymarket.

Três anos mais tarde, a 20 de Junho de 1889, a segunda Internacional Socialista reunida em Paris decidiu por proposta de Raymond Lavigne convocar anualmente uma manifestação com o objectivo de lutar pelas 8 horas de trabalho diário. A data escolhida foi o 1º de Maio, como homenagem às lutas sindicais de Chicago.

Em 1 de Maio de 1891 uma manifestação no norte de França é dispersada pela polícia resultando na morte de dez manifestantes. Esse novo drama serve para reforçar o dia como um dia de luta dos trabalhadores e meses depois a Internacional Socialista de Bruxelas proclama esse dia como dia internacional de reivindicação de condições laborais.

A 23 de Abril de 1919 o senado francês ratifica o dia de 8 horas e proclama o dia 1 de Maio desse ano dia feriado. Em 1920 a Rússia adota o 1º de Maio como feriado nacional, e este exemplo é seguido por muitos outros países.

Em Portugal, só a partir de Maio de 1974 (o ano da revolução do 25 de Abril) é que se voltou a comemorar espontaneamente o Primeiro de Maio. Durante o Estado Novo este dia tinha a denominação de Dia do Trabalho e era organizado e controlado pelo Estado."

in Wikipédia


Poderia aqui transcrever a intervenção que hoje fiz em mais uma cerimónia comemorativa do 1º de Maio. Mas para quê? Na realidade não iria acrescentar nada verdadeiramente interessante para ninguém. Nem para mim. A pergunta que me coloco não foi verbalizada: em que medida estas comemorações efectivamente contribuem para melhorar as condições de vida dos trabalhadores (todos nós), para aumentar a justiça social?




(publicado inicialmente em A Casa dos Bons Espíritos)