Em primeiro lugar a demonstração da impossibilidade de conviver dentro de estruturas partidárias democráticas. Roseta não saiu do PS porque discorda da orientação política do Partido. Saiu porque o Partido não a escolheu como sua candidata a Presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Pois é! Roseta, como sempre, não conseguiu respeitar a decisão do seu (?!) Partido que livremente escolheu outro candidato, que, aparentemente, foi aprovado democraticamente pelos orgãos próprios, por sua vez eleitos democraticamente pelo orgão máximo, o Congresso.
Será que se os lisboetas não a escolherem para presidente ela também sairá de Lisboa?
Uma grande democrata, portanto!
Em segundo lugar a utilização da mentira descarada, forjando um processo de vitimização. História rebuscada essa do recurso para o Tribunal Constitucional porque, coitadinha, não tinha tempo para recolher o número de subscrições necessárias à sua candidatura. Por isso mentiu, dizendo que estava posto em causa a possibilidade de formação de coligações. Coligações entre partidos, claro. O que não lhe era aplicável pois é uma candidata dissidente!
Sempre, sempre, em defesa da verdade, portanto!
(publicado inicialmente em A Casa dos Bons Espíritos)